Caso Escobar: Dois PMs presos por morte do empresário já tinham sido investigados por participação em grupo de extermínio

  • 28/03/2024
(Foto: Reprodução)
Outro PM envolvido no assassinato do empresário também foi apontado como integrante do grupo, e tirou a própria vida durante uma operação que o prenderia. Trio chegou a ser preso em 2014. Veja quem são os PMs suspeitos de envolvimento na morte de empresário Dois policiais militares presos pela morte do empresário Fábio Escobar já foram investigados por participação em um grupo de extermínio. Welton Silva, um terceiro PM envolvido no assassinato de Escobar, também foi apontado como integrante do grupo, e tirou a própria vida durante uma operação policial que o prenderia. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram As informações foram obtidas com exclusividade pela TV Anhanguera. O g1 não localizou a defesa dos dois PMs até a última atualização desta reportagem. LEIA TAMBÉM: Caso Escobar: Troca de mensagens entre PMs mostra que militares simulavam confrontos para justificar assassinatos Jorge Caiado vira réu por participar do assassinato de empresário morto a tiros Caso Escobar: Governador faz trocas na PM e dispensa coronéis; depoimento de um deles provocou denúncia contra Jorge Caiado Cacai Toledo e 10 policiais militares são indiciados por assassinato de empresário morto a tiros Grupo de extermínio e caso Escobar As investigações apontaram que o PM Welton Silva Vieiga matou Fábio Escobar, no dia 23 de junho de 2021, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A polícia apurou que, dois dias antes do assassinato, ele habilitou uma nova linha em um celular furtado por policiais de uma mulher morta por PMs meses depois. Pelo celular, Welton mandou mensagens para Escobar se passando por um “Fernando” e tentando fechar negócios com ele, segundo a investigação. PM Welton Silva Vieiga Reprodução/TV Anhanguera Em outubro de 2014, Welton foi preso com outros policiais na Operação Malavita, da Polícia Civil e do Ministério Público, durante a investigação de um grupo de extermínio que sequestrava e torturava vítimas. Em janeiro de 2023, o PM tirou a própria vida quando policiais civis tentaram prendê-lo pela acusação de outra morte. PMs presos A investigação da morte de Escobar prendeu três PMs. Incluindo Thiago Marcelino Machado e Érick Pereira da Silva, que já tinham sido presos durante a Operação Malavita, em 2014. Na época, o MP-GO denunciou Thiago Marcelino pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, ocultação de cadáver, organização criminosa, extorsão e roubo. Érick Pereira havia sido denunciado por organização criminosa, roubo, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. PMs Thiago Marcelino Machado e Érick Pereira da Silva Reprodução/TV Anhanguera No caso Escobar, a investigação mostrou que Thiago passou o telefone furtado para o PM Welton e também foi preso por participar da morte de seis pessoas ligadas à dona do aparelho. Segundo as investigações, seria queima de arquivo. A participação de Érick, segundo o MP-GO, teria sido na habilitação do chip do celular furtado para atrair o empresário Fábio Escobar para a emboscada. Operação que prendeu policiais Em uma operação da Polícia Civil em 2023, 10 policiais militares foram presos na operação que investiga assassinatos em Anápolis e Terezópolis de Goiás. Na denúncia realizada pelo Ministério Público, uma testemunha chegou a dizer que o policial Glauko Olivio de Oliveira “plantou” uma arma de fogo, utilizada para matar Bruna Vitória Rabelo Tavares, com a finalidade de atribuir a autoria do homicídio dela aos outros amigos mortos no suposto confronto - Gabriel Santos Vital, Gustavo Lage Santana e Mikael Garcia de Faria. O grupo de policiais é suspeito também de coletar informações prévias sobre as vítimas, como fotografia da placa de carro e localização em tempo real. Eles faziam o monitoramento e tinham até equipamento de rastreamento eletrônico, que foi colocado no carro de uma das vítimas. Segundo as conversas de Marco Aurélio Silva Santos, Thiago Marcelino Machado e Adriano Azevedo Souza, os policiais militares envolvidos executaram um dos confrontos no período noturno, horário em que a rua ficaria com menos movimento de pessoas e carros. Jorge Caiado e Cacai Toledo Jorge Caiado (à esquerda), Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai (meio), e o empresário morto a tiros, Fábio Alves Escobar Cavalcante (lado direito) Reprodução/TV Anhanguera O assessor da Assembleia Legislativa (Alego), Jorge Luiz Ramos Caiado virou réu por participar do assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante. A denúncia do Ministério Público argumentou que Caiado era aliado do ex-presidente do Democratas, Carlos César de Toledo, conhecido como Cacai, denunciado como mentor intelectual do crime. A investigação concluiu que Escobar foi assassinado após denunciar desvios de dinheiro na campanha eleitoral de Cacai, em 2018. Em nota, a assessoria jurídica de Jorge Caiado informou que, após o aditamento da denúncia, a defesa enfrentou dificuldades para acessar os elementos de prova, e ressaltou o uso de depoimentos dissidentes e matérias jornalísticas pelo Ministério Público, o que é repudiado por Caiado. A denúncia ainda diz que, movidos por vingança, Caiado e Cacai teriam se reunido, em fevereiro de 2019, com o Coronel Benito Franco Santos, então comandante da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam). Eles teriam dito que Escobar estaria ameaçando Cacai e que a única forma de resolver seria “só matando”, conforme a denúncia. Segundo a denúncia, o coronel se recusou a participar da “empreitada” e, então, Caiado e Cacai ainda se reuniram com o ex-chefe da Casa Militar, Coronel Newton Nery Castilho, para buscar apoio para “exterminar Fábio Escobar”. Conforme o documento, Castilho também negou a proposta e declarou que não era “jagunço”. Apesar das negativas, Caiado e Cacai mantiveram o plano e, para cumpri-lo, aliciaram os policiais militares denunciados como executores do crime, que, segundo a denúncia, após o assassinado do empresário, receberam promoções por “ato de bravura” em confronto policial com resultado morte. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. 📱 Participe dos canais do g1 Goiás no WhatsApp e no Telegram. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/03/28/caso-escobar-dois-pms-presos-por-morte-do-empresario-ja-tinham-sido-investigados-por-participacao-em-grupo-de-exterminio.ghtml


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