PF prende empresário e servidores públicos de Bonfim por suspeita de corrupção com mais de R$ 460 mil em Boa Vista
27/04/2024
(Foto: Reprodução) Investigações apuram se o dinheiro apreendido também tem ligação com as eleições suplementares de Alto Alegre, que ocorrem no próximo domingo (28). Dinheiro apreendido pela Polícia Federal com suspeitos de corrupção em Boa Vista.
PF/Divulgação
A Polícia Federal prendeu um empresário e dois servidores públicos da prefeitura de Bonfim, município no Norte de Roraima, com cerca de R$ 462 mil , nessa sexta-feira (26). Eles são suspeitos de integrar um esquema de fraudes em procedimentos licitatórios na prefeitura.
Os suspeitos foram presos em flagrante durante uma ação realizada em Boa Vista. As investigações apuram se o dinheiro apreendido também tem ligação com as eleições suplementares de Alto Alegre, que ocorrem no próximo domingo (28).
Procurada pelo g1, a prefeitura de Bonfim informou que desconhece os fatos, mas que vai apurar as informações.
Durante as investigações, a PF flagrou o momento em que o dono de uma empresa vencedora de uma licitação entregou uma mochila com R$ 415 mil a um presidente da comissão de licitação da prefeitura de Bonfim.
Ainda foram apreendidos mais R$ 47 mil, três veículos e documentos de empresas relacionadas ao suposto esquema durante as investigações.
O empresário foi preso pelo crime de corrupção ativa e os servidores públicos pelo crime de corrupção passiva. Os três foram autuados por associação criminosa e lavagem de capitais, e seguem à disposição da Justiça.
Na última quinta-feira (25), a Polícia Federal apreendeu R$ 50 mil no carro em que estava o senador Mecias de Jesus (Republicanos) em Alto Alegre. A apreensão da PF ocorreu após uma denúncia sobre compra de votos em um estabelecimento comercial do município. Os policiais foram ao local e "constataram uma movimentação de pessoas fora do comum."
Um homem foi preso em flagrante por suspeita de compra de votos, mas foi liberado após o pagamento de uma fiança, que não teve o valor informado pela Polícia Federal. O montante apreendido estava dividido em notas de R$ 100 divididas entre a cintura e as meias do suspeito.
No dia, ao g1, a assessoria do senador informou que não é correto afirmar que a quantia retida pela Polícia Federal era destinada à compra de votos.
"Não há nenhuma conclusão final de investigação que aponte tal destino. Tampouco é ilegal que uma pessoa tenha dinheiro em espécie. Todos os esclarecimentos já foram prestados para as autoridades", completou.
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